terça-feira, 29 de março de 2011

Apresentação

O Beco dos Barris é um espaço idealizado pelo historiador e pesquisador Antoninho Rapassi. É um dos ambientes do Americana Hotel, fundado em 1977 no município de Americana/SP. Um lugar único, decorado com e pelo tempo. Local para recepção de amigos, jantares romanticos, de lembrança dos tempos da idade média e para degustar as cachaças envelhecidas em tonéis de carvalho escocês.


O Hotel está localizado na Avenida Cillos, 1769. Americana-SP.
Na região turística do Bem Viver do estado de São Paulo e do CT² - Circuito Turístico de Ciência e Tecnologia.
Conheça, desfrute e sinta esse espaço. Será um parzer recebê-lo.

domingo, 27 de março de 2011

Cachaça 1808

            Quando criamos a marca 1808 para comercializar esta cachaça absolutamente especial, levamos em consideração o transcendental acontecimento histórico que é o 2º centenário da transferência da corte real portuguesa para o Brasil.
            Portanto, sabendo que esta rara e elegante bebida destina-se a freqüentar os mais finos ambientes e a ser degustada por pessoas exigentes, cuidamos da preparação de um blended formado com cachaças de longog e proveitos 18 anos de envelhecimento em barris de carvalho escocês. Tudo para exaltar o ato heróico e camoniano do príncipe regente D. João ao sair de Portugal em 29 de novembro de 1807 instalando-se na Bahia (Salvador), em 28 de janeiro de 1808 e, finalmente, no Rio de Janeiro a partir de 7 de março de 1808. Esse tumultuado episódio determinou os novos rumos ao Brasil. E garantiu a nossa independência.
            Por tudo isto, aproveitamos desta edição limitada para beber da mais fina e requintada cachaça temática, que também vai fazer história.


Antoninho Rapassi


Cachaça do Antoninho

"Quando beberdes dêste precioso destilado de cana de açúcar ficareis realmente estupefactos. Sentireis já ao primeiro golle de que se tracta de um producto affamado. Foe êle elaborado com esmêro. Recomendável bebe-lo antes, durante e após às refeiçoens, com sobriedade, para desfructardes com incommmensurável prazer das bouas cousas desta vida".

Nota explicativa:

ONTEM...
            Assim é que se escrevia. Foi uma época em que a língua portuguesa usava esta forma de se expressar e que durou até a reforma ortográfica de 1934.
            O texto é um recurso saudosista, um jeito de enlaçarmos o romantismo daqueles bons tempos, para compartilhar com a nossa esmerada cachaça. Fruto de uma elaboração assistida por ensinamentos que vêm desde os tempos remotos. Quiçá, desde o funcionamento oficial do 1º alambique instalado no Brasil, em 1532, na capitania de S. Vicente.
            Assim, pois, esta é a cachaça da qual nos orgulhamos, pela excelência da sua qualidade e riqueza dos predicados.

HOJE...
            A cachaça do Antoninho é apresentada em duas versões: A branquinha, cristalina, que é orgânica, com supervisão do Instituto Bio-Dinâmico – IBD, de Botucatu – SP.
            Sendo assim, podemos afirmar que esta cachaça é incomparável. Os cuidados para elaboração deste produto começam pela análise do solo, colheita da cana madura, sua limpeza, moagem da cana crua, verificação do brix, uso de água mineral, fermentação com produtos naturais e destilação paciente em alambique tradicional de cobre.
            A cachaça dourada é a segunda versão. Depois de destilada é colocada em barris de carvalho escocês, onde permanece por longo tempo. Sua qualidade é um permanente convite para se fazer comparação com os melhores destilados que a Europa produz. E esta comparação é o que nos orgulha e envaidece.

Antoninho Rapassi

Cachaça São Paulo da Garoa

Fundada em 25 de janeiro de 1554 pelo jesuíta José de Anchieta, São Paulo foi marcada como grande centro romântico e depois econômico, mercê de sua privilegiada geografia, ponto de partida para a busca de riquezas que jaziam no sertão. Sertão que era rico e todo mistério ao aguardo das aventuras e dos heroísmos. Com o bandeirismo paulista, essa “raça de gigantes” movimentou-se o comércio, vieram as conquistas territoriais e a escravização de indígenas. Enquanto isso, o burgo de São Paulo de Piratininga ia vivendo a sua vida. Do Imperador D. Pedro I recebeu em 11 de agosto de 1987 a criação e instalação da Faculdade de Direito de São Francisco. A estudantada das arcadas espantou o sossego provinciano e pôs em pânico os pais de família, como alertava o poeta Castro Alves.
            Quando a sombra da noite principiava a enegrecer o poente, acendia-se a luz mortiça dos lampiões e após tocarem os sinos das igrejas, todos se recolhiam. Menos os que moravam em repúblicas, membros das confrarias de boêmios e de sonhadores.
            Eram jovens inspirados que ficaram célebres pelo trabalho lírico. Bebiam cachaças na São Paulo da garoa e se permitiam às sensibilidades da imaginação sobre às da razão, não é mesmo professor Goffredo Telles Júnior?
            São Paulo cresceu com a chegada dos imigrantes. E tudo mudou para melhor nesta convivência cosmopolita, principalmente quando o ciclo do café trouxe a opulência, a força política e a industrialização. Hoje, ao cair as garoas nas suas tardes de vento sul, a maior cidade da América Latina se transforma para o congraçamento diário em torno da boa bebida, da boa comida e do bate-papo restaurador da fé a da disposição de vencer.
            Por isso, não se exagera quando se diz: “São Paulo é a capital mundial da gastronomia”. E agora que a cachaça se tornou a bebida oficial do Brasil, é com justo orgulho que se pode oferecer uma jóia preciosa como a CACHAÇA SÃO PAULO DA GAROA.
Êta cachaça boa!
Antoninho Rapassi

Cachaça Caldas da Rainha

“Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta”.
Talvez a 1ª Cachaça a fazer homenagem a Portugal e, por extensão, ao valoroso e intrépido colonizador português, é esta cachaça “Caldas da Rainha”.
O nome da cidade, tomado por empréstimo é um fato aleatório, onde se sobressai a musicalidade e harmonia da marca, tão bem composta com o brasão da monarquia portuguesa, formando um conjunto onde a qualidade está aliada à nobreza.
Sendo a cachaça um dos produtos da cana-de-açúcar e tendo sido trazida para o Brasil por Martim de Afonso de Souza, há de se registrar aqui a doação da capitania de São Vicente que o rei Dom João III fez a este jovem colonizador. A bordo de uma nau bem sortida de cargas, suprimentos e com interessante tripulação, Martim Afonso, consciente da dignidade do empreendimento, deu início à colonização do Brasil.
Plantada a cana-de-açúcar nesta capitania de S. Vicente, rapidamente a lavoura tendeu ao crescimento progressivo. Ela era o rico alimento dos rebanhos; dela se extraia o açúcar e as bebidas que se conseguiam elaborar a partir do mosto. Portanto, de um lado havia o fator econômico e por outro o dos prazeres, realçando assim o privilégio desta fabulosa planta da família das gramíneas.
Portugal colonizou e bem governou o Brasil rompendo as linhas tordesilhanas, dando-lhes uma dimensão continental, impondo a integridade e unidade de sua língua, formando e desenvolvendo uma sociedade de modo a destacar o seu caráter de cordialidade, de regionalização de sua cultura e nesta também a rica e farta gastronomia. Foi uma Coroa zelosa, que nos deu as Capitanias Hereditárias, os Governos Gerais, a transferência do Trono, a Independência, os dois Reinados e uma República. E tudo isso já havia sido concebido por Luís de Camões no seu “Os Lusíadas”, quando no Canto Primeiro gravou:
“As armas, e os brasões assinalados,
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares, nunca dantes navegados,
Passaram, ainda além da Taprobana,
Em perigo, e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana:
Entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram”.




Ante o exposto, não seria recomendável usar do brasão da monarquia nem do nome de uma simpática, acolhedora e turística cidade lusitana pertencente ao distrito de Leiria, para denominar uma bebida comum. Mesmo porque, elaborando destilados há mais de 20 anos, o nosso compromisso é com a qualidade e para chegarmos a isto muitos estudos minudentes e sistemáticos foram feitos. Enfim, é verdadeira essa afirmação: temos vocação para fazermos o melhor, o aplauso é nossa satisfação. Esta tem sido, realmente, a recompensa de tanta dedicação vencedora de desafios.
Brindemos, pois, com a excelência da Cachaça Caldas da Rainha.

Obrigado Portugal!
Obrigado Caldas da Rainha!

Antoninho Rapassi

Cachaça Getúlio Vargas

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